terça-feira, 18 de janeiro de 2011

PROJECTO CRIALAB | PLAYGROUND | 22 JAN | 21H30


PLAYGROUND é um espaço onde os músicos são convidados a tocar os seus instrumentos e a manipular uma série de objectos. O objectivo não é necessariamente obter som com os objectos, aqui os mesmos são usados como um prolongamento da sua expressão musical.
O PLAYGROUND apresenta neste concerto “The Dephts of the Sea”, uma composição musical para 6 músicos, uma mesa e vários objectos.

Músicos:
- Miguel Cordeiro (Guitarra Clássica)
- Edgar Ferreira (Guitarra Eléctrica)
- Nuno Santos Dias (Piano)
- Pedro Cruz (Violoncelo)
- Ricardo Sousa (Contra-Baixo)
- João Clemente (Electrónica)


__________________________________

O CriaLab é um espaço de criação artística desenvolvido na Moagem. A programação e coordenação do espaço está a cargo de Alexandre Leonardo (audiovisual) e João Clemente (música). Destina-se a ser usado tanto por profissionais, como por quem procura tomar contacto com as ferramentas digitais que hoje são utilizadas na criação artística. A integração da comunidade nas actividades é um dos pontos fulcrais do Crialab.
Complementando a oferta de equipamentos que A Moagem – Cidade do Engenho e das Artes propõe aos criadores, a blackbox é um espaço de criação / laboratório / apresentação para produções nas áreas do teatro, dança, instalação e artes performativas em geral.





Preços:
Normal: 4€
Estudantes: 2€
Cartão A Moagem: Gratuito

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

AZEVEDO SILVA | CARROSSEL | 15 JAN | 22H00

Carrossel é o terceiro disco de originais de Azevedo Silva. Se já no passado era identificável o seu tom urbano-depressivo, nesse campo manteve--se intacto e inalterável. Se o ouvinte procura o espelho do lado realista da vida citadina, deve parar e escutar este disco. O negro das melodias e das palavras continua lá, desta vez acompanhado por vários convidados dos You Can't Win, Charlie Brown; Gaza (If Lucy Fell, Men Eater) e Filipe Paszkiewicz, entre outros. A reter também a participação de Filipe Grácio, desta vez directamente dos E.U.A.

É com esta introdução acerca do músico Azevedo Silva e o seu novo álbum, que a Histérico - Associação de Artes, vos convida a ouvir “Carrossel”, ao vivo, no dia 15 de Janeiro.

Fado indie: foi assim que a imprensa brasileira decidiu rotular a música do cantautor lisboeta Azevedo Silva aquando da passagem pelo Festival El Mapa de Todos onde teve o prazer de partilhar o palco com Marcelo Camelo (ex-Los Hermanos) e os Hurtmold.

Com três lançamentos consecutivos entre 2006 e 2008 (Clarabóia, Tartaruga e Autista), Azevedo Silva fez uma paragem maior que o normal e dedicou-se ao seu novo disco, Carrossel.

Se já no passado era identificável o seu tom urbano-depressivo, nesse campo manteve-se intacto e inalterável. Se o ouvinte procura o espelho do lado realista da vida citadina, deve parar e escutar este disco. O negro das melodias e das palavras continua lá, desta vez acompanhado por vários convidados dos You Can't Win, Charlie Brown; Gaza (If Lucy Fell, Men Eater) e Filipe Paszkiewicz, entre outros. A reter também a participação de Filipe Grácio, desta vez directamente dos E.U.A.
O mercado musical alterou-se e a sua visão também. Este é um disco que com menos temas, oferece mais de Azevedo Silva. Mais pessoal, mais humano e com um tema muito especial que serve de resposta a uma canção do Foge Foge Bandido de Manel Cruz.


\\ reviews

“ (...) A característica principal desta edição será a qualidade dos arranjos, tendo vários pormenores instrumentais a colorir cada canção, inteligentemente integrados com subtileza. A imprensa brasileira terá referido, a propósito de Azevedo, o termo “fado indie”. Vista de fora, esta expressão até pode fazer algum sentido, dada a constante toada melancólica, depressiva, negra. Por estes dias fará cada vez mais sentido termos à mão quem nos cante os dias sem sol.”

Nuno Catarino, Bodyspace.net


“ (...) Com sete faixas magnificas, onde “Desassossego” sobressai como uma das músicas do ano, temos a hipótese de viajar pela melhor música cantada em português que se fez este ano. Este “Carrossel” é um álbum obrigatório para qualquer fã de música portuguesa. Depois de o ouvirmos temos um pouco mais de orgulho no nosso país.”

João Miguel Fernandes, DIF Magazine

ORG. : Histérico - Associação de Artes


Bilhetes
Normal: 4€
Cartão Municipal e de Estudante e Sócios do Histérico: 2€
Cartão Moagem: Gratuito

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

MÚSCULOS de Pedro Fiúza | 8 JAN | 21H30

Os meus espectáculos são difíceis. Não tenho medo de afirmar isto. Não sou nenhum monstro que tenha mergulhado num caldeirão de genialidade em pequeno e não acho que sejam difíceis por qualquer incapacidade do público. Os meus espectáculos são difíceis porque se encontram ainda na fase embrionária da procura da forma. Gosto de experimentar limites. Para mim o teatro é o espaço onde me é permitido experimentar todos os limites de mim mesmo. O teatro é um produto de sensibilidades. Não acho que a forma que procuro seja de um exibicionismo intelectual exacerbado. Mas também não quero procurar formas que passem pelo mero agrado do espectador. É perfeitamente normal que eu faça maus espectáculos, todos os que se colocam em causa correm esse risco. Um dia descobrirei a forma justa. Quando a descobrir... o mais provável é fugir-lhe. A arte nunca será aquilo que a cultura reclama. A arte servirá sempre para abrir brechas no pensamento do mundo geral. Acredito nisto com todas as minhas forças. Este espectáculo nasceu de uma estranha necessidade de escrever carne. Escrever carne com a consciência do ritmo da carne e dos objectivos da carne. O que é um actor? O que é um actor para além desse grau máximo da passagem? Desse ponto absoluto da visibilidade mais intensa e nervosa de todas? O que é um actor sem risco? Quando me sentei para o escrever ainda não sabia para onde caminhava esta mulher, fui-a descobrindo enquanto me ia descobrindo a mim nela, mas isto não é um texto autobiográfico, se é que os há que não o sejam. Este texto é, para mim, a minha maior vitória literária. Depois de um livro que amaldiçoei pela inocência atroz das suas palavras e pela forma inconsequente que mais tarde assumiu na minha vida. Cada vez gosto mais disto. Adoro o teatro. Adoro o universo do teatro. Adoro este trabalho na linha do problema. Adoro actores. Os actores são surpreendentes. São monstros surpreendentes. Alimentam-se de sentidos. Adoro esta actriz. Que espectáculo é este? É uma partilha total com o público. Sempre tive vontade que fosse quase pornográfico ao nível da exposição. É um espectáculo fácil de destruir, quem procurar-lhe as falhas vai descobrir uma fragilidade que é a sua principal característica. Este espectáculo marca também uma fase super importante do meu regresso a isto, o teatro é a minha casa, o trabalho é para os que o têm, o teatro é uma casa que se carrega às costas. Não me interessa que o público goste ou não deste espectáculo, ele é de tal forma verdadeiro que não pode estar sujeito à questão do gosto. Interessa-me que seja apreciado por possuir uma ideia, por ser um esboço de uma possibilidade máxima, por ser um risco assumido. A verdade é simples: fazer espectáculos fáceis é fácil. Outra verdade é que andamos aqui para aprender. Não quero que gostem do espectáculo. Quero que o levem para casa, quero que o carreguem para a vida. Se não conseguir isso... compreendam apenas que o meu objectivo é fazer espectáculos absolutos e perdoem-me a tentativa. O teatro não poderá nunca deixar de lutar contra o seu maior inimigo, a indiferença. Que a felicidade nos visite a todos.
Pedro Fiúza

Texto e Encenação: Pedro Fiúza
Interpretação: Cristiana Castro
Iluminação: Flávio Freitas
Sonoplastia: Luis Ternos

Bilhete Normal: 4€
Cartão Jovem e Estudantes: 2€
Cartão Moagem: Gratuito